quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cultivo de Pleiones

Tenho 1 a alguns anos mas o ano passado a lista cresceu exponencialmente e como a minha nunca deu flor vi-me na obrigação de "queimar pestana " para melhorar o cultivo e ver se coisa vai.
Na natureza crescem em declives acentuados, falésias cobertas de musgo ou no solo das montanhas do SE Asiático ( China, N da India, Tailândia e Nepal ) acima dos 1000 metros. Por isso requerem invernos frios e secos. Muitas pessoas cultivam com sucesso no exterior, protegendo-as apenas do excesso de chuva e geada.
Substrato:
Elas gostam de um substrato com boa drenagem mas que retenha alguma humidade usando por ex: os seguintes materiais: substrato Orquídeas terrestres (mais fino), folhas secas trituradas (carvalho/sobreiro), esfagnum, perlite. Por ex: 4 partes substrato Orquídeas x 3 partes de folhas x 2 partes de esfagno x 1 parte perlite grosseira. Há quem use um pouco de carvão, mas não é essencial.
As Pleiones gostam/devem ser reenvasadas todos os anos.

Calendário cultural :
Janeiro
Estão em repouso vegetativo e a primeira coisa a fazer é prepará-las para o reenvasamento. Deixar os bulbos no substrato velho até o início de Janeiro para evitar enrugamento prematuro por desidratação e para que permaneçam imperturbáveis e frios. Retirar cuidadosamente os bulbos do substrato, limpar/retirar raízes e bulbos dos anos anteriores (secos e enrugados), separar bulbos e bulbilhos, limpar brácteas secas da base do bulbo, tendo cuidado de não danificar os novos brotos embrionários que estão na parte inferior do bulbo, mas geralmente acima das raízes (geralmente 2 /3 brotos são visíveis). Usando vasos pouco fundos, (ex: vaso de 14 cm diâmetro x 9 cm de profundidade coloque 5 /6 bulbos na borda e 1 no meio ), encher o vaso até 1 cm da borda com substrato novo, plantar os bulbos enterrando cerca de ¾ do seu tamanho , fixando-os. Alternativamente pode plantar-se isoladamente em vaso tamanho 5/6, mas plantados em grupo é sempre mais espectacular. Pulverizar com água da chuva de preferência e deixar crescer em boa luz e calor suave. Plantar os bulbilhos em vasos ou bandejas para “engorda “.
FEVEREIRO / MARÇO
Em cerca de seis semanas dos brotos novos emergem as flores. Continuar a pulverização com água da chuva 1/2 vezes por semana até que as flores acabem. Não molhar o substrato até que os bulbos comecem em pleno crescimento caso contrário corre-se o risco de matar as raízes e as plantas não irão recuperar. No início de Março, se estiver muito sol será necessário reduzir os níveis de luz, colocando os vasos na sombra para evitar queima das folhas.
Abril
As plantas estão em pleno crescimento e as folhas devem ter cerca de 4 cm de comprimento e as astes florais secas podem ser removidas. Continuar a pulverizar, mas aumentando a frequência á medida que as folhas crescem, até que eventualmente pode-se regar generosamente.
MAIO
Iniciar a adubação das plantas utilizando um fertilizante equilibrado, mas aplicando ½ da dose indicada no rótulo. Regas alternadas com adubação. Durante os meses quentes de verão é melhor colocar os vasos no exterior, em local sombrio e fresco pois as plantas não gostam de temperaturas muito altas, elas gostam de ser cultivadas a 10-25º C. Recomenda-se pulverizações aéreas regulares nas noites de verão além da rega normal.
Junho / Julho / Agosto
Manter vasos fora, na sombra e continuar rega e adubação como indicado acima. Em meados de Agosto mudar para adubação rica em potássio até final de Setembro. Durante este período as folhas crescem até 12-15 cm de comprimento e emergem novos bulbos dos bulbos velhos, em média devem ser 2/3 numa temporada completa. Manter-se atento a pragas que são poucas mas pulverizações com uma solução fraca de agua de sabão ou de pesticidas recomendados, como malatião resolve o problema.
Setembro
No final de Setembro ou quando começar a chover acentuadamente colocar os vasos dentro de uma estufa fria ou em local abrigado da chuva . Reduzir gradualmente as regas e adubação.
Outubro
Parar de regar em meados de Outubro.
Deixar os vasos secar. Após algumas semanas as folhas começam a secar. Eventualmente as folhas caiem ou podem ser removidas facilmente.
Novembro / Dezembro
Limpar as folhas mortas, não fazer mais nada aguardando até Janeiro para novo ciclo de vida das Pleiones.
Vou seguir isto à risca e vamos ver no que dá.
Vou dando noticias.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Phal. Wiganiae ( Stuart Low 1899 )



Há um ditado em Portugal que diz " Nunca digas desta água não beberei" e este aplica-se aqui na perfeição . Se bem se lembram à algum tempo atrás chamava as Phal. de "Orquideas de supermercado" pois bem esta veio de um, oferta da Rafaela ao pai eheheheheh. Tá bem não é uma qualquer, a moça tem jeito/bom gosto/futuro pá coisa ............

Phal. Wiganiae é um híbrido primário entre Phal. schilleriana x Phal. stuartiana registado por Stuart Low em 1/1/1899. É uma planta interessante não só pelas flores mas também pelas folhas. As folhas podem chegar aos 25 cm de comprimento ou mais com a idade, são verde esmeralda escuro, com manchas de prata/cinza e produz 1 ou mais aste que normalmente ramificam com flores brancas e rosa com pequenos pontos vermelhos tipo pele de leopardo com cerca de 6 cm de diâmetro e de longa duração ( 10/12 semanas ) .

Dá para perceber que se trata de uma planta ainda jovem, pois as folhas ainda são pequenas, as flores já estão um pouco pó passadas, também pelo preço ( já em saldo) valeu a pena.